20120912

Mês do Musicoterapeuta | Everett Thayer Gaston

"No mês de setembro comemoramos o dia do musicoterapeuta - mais precisamente dia 15 de setembro.

Em comemoração, pretendo postar artigos sobre os pioneiros da musicoterapia no mundo e também no Brasil.

Sei que foram muitos os que contribuíram para que a nossa profissão fosse construída e fundamentada, mas como o espaço, e principalmente o tempo é restrito, escolhi alguns nomes que  não só foram importantes para a solidificação da profissão, mas que marcaram a minha formação como musicoterapeuta.

O escolhido para abrir essa série de artigos é Thayer Gaston.

O Pai da Musicoterapia Norte Americana

Everett Thayer Gaston nasceu  em Woodward, Oklahoma em 4 de julho de 1901. 

Gaston pode não ser muito conhecido  fora da educação musical e da musicoterapia, mas suas teorias acompanham muitos dos grandes pioneiros da psicologia. Com  teorias e idéias que foram abordados pelos primeiros filósofos e psicólogos, tais como Platão, Aristóteles, Skinner, Pavlov e Jung, Gaston começou a perceber as grandes realizações que poderiam ser feitas  incorporando a música e psicologia.

Com formação musical, Gaston começou a carreira de professor de música e se tornou respeitado na área.  Após seu doutorado em  psicologia educacional na Universidade de Kansas, no qual  formou-se em 1940,  Gaston finalmente percebeu que havia uma possibilidade de verdade para usar a música em sessões terapêuticas.

Ao longo de sua carreira, a preocupação central de Gaston era a função da música. Era claro para ele que a música era eficaz para satisfazer as necessidades, tanto para a qualidade de vida como na cura de doenças. Gaston concentrou-se profundamente não só na música, mas também sobre os pensamentos relativos de seus antecessores em Psicologia. Foi através de pesquisas sobre a biologia e cultura (ciências médicas e sociais) que Gaston (1968) fundamentou a criação da musicoterapia.


Ao escrever o tratado de Musicoterapia (Gaston, 1968),  diz que "a música e terapia têm sido íntimos companheiros, muitas vezes inseparáveis, durante a maior parte da história do homem." Ele continua na introdução de sua tese sobre o Homem e a Música, declarando , "como em todas as ciências, a musicoterapia se esforça para trazer a organização, classificação e descrição até que surja um sistema, um sistema que é comportamental, lógico e psicológico" (1968).


Com a crença de que a música pode falar onde as palavras falham (Gaston, 1968). Gaston acreditava que a música poderia desempenhar um papel importante no cérebro. Ele sentiu que o principal objetivo da terapia foi de capacitar o indivíduo a viver melhor, vendo a música como um estímulo, assim, terapeutas treinados poderiam utilizar a música para obter determinadas respostas mensuráveis ​​(excitação, relaxamento, associações, etc).
Participação da construção da musicoterapia como profissão


Altshuler, Willem van de Wall e E. Thayer Gaston

Em 1940, três pessoas desempenharam papel chave no desenvolvimento da musicoterapia como profissão: Altshuler, Willem van de Wall e E. Thayer Gaston. 
No ano de 1944, iniciou-se o primeiro plano de estudos destinado a formação de musicoterapeutas. Com a participação de Gaston, em 1946 é fundado na Universidade de Kansas, EUA, o primeiro curso acadêmico de formação de musicoterapeutas. A partir daí, surgiram cursos acadêmicos em vários lugares do mundo.

Até então, as atividades terapêutico-musicais eram desenvolvidas por músicos, voluntários, terapeutas ocupacionais, psicólogos e até mesmo médicos.

Em 1954, depois de uma revisão das aplicações clínicas e investigações, Gaston estabeleceu os princípios da musicoterapia:

  • O estabelecimento ou restabelecimento de relações interpessoais.
  • O alcance da auto-estima através da auto-realização.
  • Emprego do potencial único de ritmo para dotar de energia e organizar.

Referências:

GASTON, Thayer. Tratado de Musicoterapia. Traduzido por Marta Fernández. Enrique Díaz, Sara Elena Hassan. de Music in Therapy. Buenos Aires: Paidós, 1968


" Fonte: Música & Saúde

20120611

Parabéns, Buenos Aires!

Projeto Arte Solidária chega aos hospitais de Teresina 

O Hospital do Buenos Aires será o próximo a receber a orquestra Big Band e o teatro de bonecos
"Foi assinado na manhã de hoje (11) um convênio entre a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMCMC) e a Fundação Municipal de Saúde (FMS) com o objetivo de levar arte e cultura para os hospitais municipais, humanizando o atendimento e ajudando na recuperação de pacientes. São oficinas de leitura, teatro de bonecos e musicoterapia, tanto para adultos quanto para crianças. Elmano Férrer, prefeito de Teresina, participou do evento. (...)"

Ler tudo em: http://180graus.com/politica/projeto-arte-solidaria-chega-aos-hospitais-de-teresina-532902.html

20120609

20120606

Cascais | Concerto de solidariedade

@ Facebook
"CONCERTO DE SOLIDARIEDADE VOX LACIi: Para quem ainda não comprou bilhete, podem fazê-lo pela ticketline (link em baixo). Crianças até 4 anos inclusive GRÁTIS, 5 aos 11 anos inclusive 50% do bilhete.

Não se esqueçam! É já dia 16 DE JUNHO (SÁBADO) ÀS 11H no TEATRO GIL VICENTE. Apareçam! Parte da bilheteira reverte para a Música nos Hospitais!" (Facebook)

20120414

'Estudo avalia como ouvir clássicos pode melhorar resposta anti-inflamatória e ação do sistema imunológico no caso de transplantes de órgãos e tecidos'

Para o imunologista, a grande questão que gira em torno do transplante é modular as células defensoras para que elas entendam que o tecido estranho não é agressor. “Sempre que uma pessoa recebe um transplante, o sistema imunológico é acionado. O estudo comprovou que a música clássica pode diminuir a atividade do organismo, atuando como uma espécie de anti-inflamatório, prolongando a sobrevida dos animais”, acrescenta Paulo Soares.
Leia tudo em:
http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/04/13/interna_tecnologia,288595/pesquisa-tenta-identificar-influencia-da-musica-sobre-o-sucesso-dos-transplantes.shtml

20120413

Sim.


20120206

Estudo mostra que actividade forma protecção natural contra perdas cognitivas

Dedicação musical traz benefícios em idade avançada 

As muitas horas dedicadas à aprendizagem da música trazem benefícios a longo prazo, segundo mostrou um estudo publicado no jornal «Neuropsychology», da Associação Americana de Psicologia.

A investigação indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais durante anos a fio parecem formar uma protecção natural contra perdas cognitivas, que costumam ocorrer durante a terceira idade.

Mesmo que essas pessoas tivessem parado em determinado momento das suas vidas, a mente continua a mostrar-se afiada em idade avançada, quando comparada com os que nunca aprenderam música.

Um grupo, formado por 70 músicos com idade entre 60 e 83 anos, submeteu-se a variados testes de memória e habilidade e os resultados mostraram que quem tocou música durante pelo menos uma década apresentava melhor desempenho e benefícios cognitivos. Ou seja, quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.

O piano foi o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos os voluntários eram amadores e tinham em comum o facto de terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.

O estudo também considerou a preparação física e o nível educacional dos participantes. Os investigadores descobriram ainda que existia uma relação entre a capacidade cognitiva e os anos de actividade musical, para além de consideraram o facto de os voluntários continuarem ou não envolvidos com música.

A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e acções" (CiênciaHoje)
Relacionado:

20120121

"Música ajuda a aliviar a dor e a ansiedade"

"A música pode ajudar a aliviar a dor, especialmente em pessoas que sofrem de ansiedade. Os resultados são de um estudo da Univesidade de Utah, nos EUA, que demonstra que ouvir música contribui para reduzir o incómodo em situações dolorosas como, por exemplo, procedimentos médicos ou idas ao dentista.
Os investigadores desta universidade norte-americana analisaram 143 pessoas que ouviam música enquanto recebiam um choque doloroso na ponta do dedo. Os participantes foram convidados a seguir a melodia e identificar diferentes tons, num esforço realizado com o propósito de afastar da mente a sensação de dor e a ansiedade em relação à mesma.
Durante a análise, as respostas dos participantes à dor foram medidas através da atividade elétrica cerebral, da dilatação das pupilas e de alguns outros métodos, uma vez que os especialistas consideram estas medições mais objetivas do que as dadas por cada um a respeito da própria dor.
As conclusões obtidas pela equipa de especialistas evidenciaram que a dor sentida pelos participantes diminuiu à medida que estes ficavam mais e mais absorvidos pelo ritmo da música, sendo que os maiores benefícios se observaram nas pessoas que se encontravam mais ansiosas.
"Os nossos resultados demonstram que atividades como ouvir música podem ser eficazes na redução da dor em pessoas que sofram de grandes níveis de ansiedade", explicou David Bradshaw, um dos investigadores, ao WebMD.
O coordenador da investigação sugere mesmo atividades deste tipo àqueles que precisem de uma pequena ajuda, por exemplo, na próxima visita ao dentista. "Ouvir música com auscultadores ou jogar um vídeojogo com efeitos sonoros que possam ser ouvidos com auscultadores são métodos eficazes, já que a música disfarça o som dos instrumentos dentários", explicou.
De referir que o estudo, cujas conclusões foram dadas a conhecer em Dezembro último, não teve em conta diferentes tipos de música nem tentou compreender se músicas calmas funcionam melhor do que as restantes. Segundo Bradshaw, "o estilo musical não é importante, desde que consiga prender o interesse do paciente".
Clique AQUI para aceder aos resultados publicados no Journal of Pain." (Boas notícias)

Artigo original:

The Journal of Pain | Volume 12, Issue 12 , Pages 1262-1273, December 2011
 
Individual Differences in the Effects of Music Engagement on Responses to Painful Stimulation

20120116

Técnicas activas

Nós não inventámos nada ; ) Gracias, Neurosciences & Musicothérapie!


"Avec pour seul instrument le corps et quelques morceaux de bambous, KoBaGi nous transporte dans un univers d'utopies singulières, sans frontières, sans limites, où les corps et les sons se démultiplient, s'entremêlent, s'assemblent et se tissent dans un fracas vibratoire, frémissant entre l'Est-Timur et l'Ouest-Barat, en esquivant tout folklore convenu... .. KoBaGi signifie Komunitas Badan Gila (la Communauté des Corps Fous), elle est issue de la rencontre entre la troupe balinaise CekGen et le musicien français Grégoire Gensse qui, pendant deux mois, les a initiés aux percussions corporelles afin de les associer à différentes traditions vocales balinaises comme le Kecak, le Genjek, les Kidung, les Kélés, etc...

www.kobagi.org (contact : kobagi@hotmail.fr)

Réalisation : Julien Vergne www.julienvergne.fr" (

"Casa da Música põe formadores a ajudar pessoas"

Pessoas sem estudos musicais podem ter em si imensa musicalidade”, dizem os formadores
JN

É um projecto inspirador e diligente: a Casa da Música dá formação musical a pessoas que não podem frequentar salas de concertos – e vai ter com elas onde estão. Os resultados são estrondosos, diz a Casa. A ideia é fazer serviço público e dar música como terapia.

Hospital Magalhães Lemos, no Porto, já acolheu o projecto “A Casa vai a casa”
Estamos no pavilhão de terapia ocupacional do Hospital Magalhães Lemos, no Porto, numa sala fria e pequena que parece uma garagem. É manhã e lá dentro estão todos de pé: oito pacientes, dois animadores e um homem de bata branca que entra e sai frequentemente. Eles mexem-se como quem quer aquecer e daqui a nada vai haver convulsão: os baldes de lixo, as garrafas, as panelas, os tubos e os tachos e as sobras de uma cama que ali vemos vão deixar de ser o que são para se transformarem em estranhos mas funcionais instrumentos musicais.

Aquilo que ali acontece – uma sessão de duas horas que faz parte de um programa de seis sessões – é “A Casa vai a casa” em movimento. É um serviço de música ao domicílio desenhado para instituições cujos utentes, pela razão de estarem internados num hospital (ou numa prisão ou numa associação ou num lar), não podem por si próprios frequentar a Casa da Música (CDM).
A ideia, que é “favorecer a auto-estima dos utentes por via da formação e da descoberta”, diz Jorge Prendas, responsável pelo departamento de Serviço Educativo da CDM, poderá parecer prosaica, mas não é: “Isto é serviço público. Isto é usar a música para terapia”. Os resultados, acrescenta Prendas, são “sólidos, com qualidade e sem condescendência”.
Superar o défice social
Projecto silencioso mas diligente, “A Casa vai a casa” funciona há quatro anos com duas brigadas de dois animadores (Artur Carvalho/António Miguel e Paulo Neto/bruno Estima) que já levaram formação e música a mais de oito mil pessoas do Grande Porto.
“As sessões são para pessoas com alguma espécie de défice social e motivacional. São, por isso, rampas motivadoras, tanto pessoalmente quanto artisticamente”, diz Artur Carvalho, que naquela manhã se aplicou em conjugações de construção e improvisação de estruturas melódicas.
Também António Miguel, que leva consigo o seu órgão, viu ali episódios de superação: “Pessoas sem quaisquer estudos musicais podem ter dentro de si imensa musicalidade. A nossa função é libertá-las”. E o formador insiste na capacidade de inclusão da música: “Nós fazemos com que as pessoas fiquem mais predispostas para a felicidade. É verdade. E é muito gratificante saber isto”.

20120108

Divulgação | Musicoterapia e Autismo

http://www.youtube.com/user/Musicoterapiautismo/featured
Canal, no youtube, acerca de Musicoterapia e Autismo. A autora apresenta-se como:
"Sou professora de educação musical infantil formada pela UFRGS em 1982 com especialização em musicoterapia em 2007. Trabalho como professora de música na UNB no Projeto de Música para Crianças e em minha casa, com musicoterapia para crianças com diferentes transtornos no desenvolvimento, especialmente dentro do espectro do autismo."
Descrição:
"A exposição deste trabalho pretende abrir um diálogo com leigos e profissionais do assunto que tenham, como nós, interesse em ampliar a visão sobre o autismo e a musicoterapia. Este vídeo mostra algo do nosso trabalho com uma criança com autismo.
contato: clarisseprestes@gmail.com"
Um vídeo (entre vários):

Actualização da definição de Musicoterapia (2011)

@Fotos de World Federation of Music Therapy

"Musicoterapia é a utilização profissional da música e seus elementos, para a intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais , Intelectual, espiritual e de saúde e bem estar. Investigação, a educação, a prática eo ensino clínico em musicoterapia são baseados em padrões profissionais de acordo com contextos culturais, sociais e políticos "(WFMT, 2011).
Fonte: http://musicoterapeutamirna.blogspot.com/2011/08/definicao-de-musicoterapia-atualizada.html
“Music therapy is the professional use of music and its elements as an intervention in medical, educational, and everyday environments with individuals, groups, families, or communities who seek to optimize their quality of life and improve their physical, social, communicative, emotional, intellectual, and spiritual health and wellbeing. Research, practice, education, and clinical training in music therapy are based on professional standards according to cultural, social, and political contexts” (WFMT, 2011).
Fonte: http://singaporemusictherapy.wordpress.com/2011/05/01/what-is-music-therapy-2/

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