20090702

Estudo sugere que a Musicoterapia melhora o humor e antecipa alta em hospital

Fotografia: Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem | Musicoterapeutas da FMU no Hospital Paulistano, em SP
"A musicoterapia não só melhora o humor de pacientes hospitalizados como pode até antecipar a alta médica. É o que sugere um levantamento feito por uma equipe da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), que desenvolveu um projeto nos hospitais Paulistano e TotalCor, em São Paulo, e Bezerra de Menezes, em São Bernardo do Campo (SP).

Dos cem pacientes ouvidos, 90% tiveram melhora do estado emocional, medida por questionários aplicados no início e no fim da sessão. Em 72% dos casos, houve antecipação da alta médica, avaliada pelo depoimento de psicólogos e médicos.

Segundo Maristela Smith, coordenadora do curso de musicoterapia da FMU, a melhora no humor não acontece só no momento em que a equipe atua. "A música provoca efeitos bioquímicos. Atua em neurotransmissores como a serotonina e enriquece os circuitos neurais, o que intensifica o prazer. Esses benefícios não ocorrem só na hora. Deixam um resíduo."

No projeto, são usados instrumentos como flauta doce, violão, baixo e vários de percussão. Em uma entrevista, monta-se a história sonora do paciente, que inclui seus ritmos preferidos. No quarto, os musicoterapeutas tocam, por cerca de 20 minutos, canções conhecidas e com mensagens de otimismo e bem-estar, e também compõem músicas para cada paciente, baseadas em suas preferências.

Os estilos mais pedidos foram MPB (37%), clássico (18%) e sertanejo (15%). Roberto Carlos foi o intérprete preferido. A maioria dos pacientes tinha mais de 50 anos.

Para Alze Tavares, coordenador médico do Hospital Paulistano, pacientes de qualquer idade são beneficiados. "Eles adoram, ficam mais dispostos. A música reduz a insônia, tem impacto nas frequências cardíacas e respiratórias e até na pressão. O humor melhora e o relacionamento com os profissionais de saúde também."

No segundo semestre, a FMU pretende expandir o projeto para outros hospitais e fazer um trabalho a longo prazo com cada paciente." (FLÁVIA MANTOVANI | EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO)

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